Como flor no deserto, brotou
Aquela que seria, é e será
A mulher dos sonhos,
Mulher que ando a amar.
Será ela minha calmaria, meu porto,
Minha morada cristalina e leve,
Silenciosa – nunca tranquila – amada
Da saudade constante, nunca saciada!
Em seu silêncio habita a calmaria,
Que me afasta dos tormentos da tempestade.
E com maestria e majestade me conduz,
E me deixo levar com total liberdade.
Ela me faz caminhar e me seduz
No caminho que também não conheço.
E se completa, então, o amado
Com a coisa amada.
Que a amiúde se saciam.