Ser Poeta

De onde vem a tristeza do poeta?
Vem do fato de sê-lo.
Da vida esperançosa,
Das tentativas receosas,
Da melancolia imposta.

A felicidade do poeta.
Ah como é intensa!
Como é grande!
Quão amável felicidade
Tanto quanto passageira…

O amor do poeta
Não finda nem esmorece.
Não se apaga nem se estraga.
Resiste e sofre pela malicia
Daquela que o acolhe…

Ah! Grande é o ser poeta!
De ao personificar-se,
Despir-se e Jogar-se
Nesse infinito mar
Que um dia há de descansar.

Published in: on 23/11/2011 at 01:03  Deixe um comentário  

Com o Carinho Dela

Em tempos de escuridão
De tristeza e solidão
De agonia e frustração
Convém paciência e oração

O tempo corrido passando
E as preces sendo atendidas
Nascimentos de bons sentimentos
E esperança outrora perdida

Surgiste sorrateiramente
Carregando o que me faltava
O sorriso iluminado
Cabelos lindos e avermelhados
Olhos, por mim, tão desejados

Contigo, sinto-me em casa
Retorno onde nunca tinha ido
Acolhi e fui acolhido
Pela maciez de sua pele
Leveza de espírito. Que conforto!

Published in: on 17/11/2011 at 16:29  Deixe um comentário  

A Pequena

Minha pequena…
“Minha” pelo desejo continuo
Pelo interesse incessante
Pela vontade louca da posse

“Pequena” pela delicadeza
Pela concentração da beleza
Que se despe e põe à mesa.
Pra mim és princesa!

Ah minha pequena!
Princesa, desejo meu,
Sinto-me como o poetinha
Que escreve assim:
“Se fosses louca por mim…”

Figurinha dourada
Em mim estás cravada
Como jóia em rochedo.
Não deixes, minha pequena
Que esse rochedo perca seu valor…

Published in: on 11/11/2011 at 13:56  Deixe um comentário